Os celtas foram povos que habitaram regiões da Europa como a Irlanda, Escócia e Bretanha, deixando um legado místico que desperta fascínio e curiosidade até os tempos atuais, principalmente nos seus símbolos, que ainda são muito usados ​​em obras de arte, tatuagens, joias e muito mais.

Se você se interessa por essa cultura, ou deseja fazer uma tatuagem com um desses símbolos, neste artigo exploraremos os principais significados desses desenhos.

Quem foram os celtas?

Os celtas foram um conjunto de povos indo-europeus que surgiram por volta de 1200 a.C. na região que hoje corresponde à Europa Central. Eles se expandiram por vastas áreas da Europa, incluindo as ilhas britânicas, a Península Ibérica e a região da Gália (atual França). Seu auge ocorreu entre os séculos VI e III a.C., antes da ascensão do Império Romano, que posteriormente conquistou grande parte dos territórios celtas.

Os celtas não constituíam um império unificado, mas compartilhavam uma língua comum, práticas culturais e sistemas religiosos semelhantes. Eram conhecidos por sua habilidade na metalurgia, pela organização social baseada em clãs e por sua rica tradição oral, que transmitia mitos, lendas e conhecimentos de geração em geração.

Após a conquista romana e as invasões posteriores, como as dos anglo-saxões, a influência celta ficou restrita principalmente às regiões da Irlanda, Escócia, País de Gales e Bretanha. Contudo, seu legado cultural e espiritual permanece vivo até os dias atuais, especialmente através de seus símbolos, mitologia e línguas celtas modernas, como o irlandês e o galês.

Principais símbolos celtas

Se você se identifica com essa cultura e deseja tatuar em seu corpo um desses símbolos, confira a seguir o significado de cada um deles:

Triquetra

O Triquetra, também chamado de “nó da trindade”, é um dos símbolos celtas mais reconhecidos atualmente. A palavra “triquetra” vem do latim e significa “três cantos” ou “três pontas”.

Esse símbolo é composto por três arcos entrelaçados ou formas semelhantes à vesica piscis, que juntos formam uma figura triangular. Cada um dos arcos simboliza um aspecto da vida feminina: a Donzela, a Mãe e a Anciã. A Donzela representa a juventude e os novos começos; a Mãe, a maturidade e a plenitude da vida; e a Anciã, a sabedoria acumulada ao longo dos anos.

Além desses significados, o Triquetra também é associado ao ciclo da vida, aos três elementos fundamentais, à passagem do tempo e à unidade familiar.

Cruz Celta

A Cruz Celta é formada por uma cruz latina tradicional, atravessada por um círculo central que conecta os braços. No período pré-cristão, o círculo representava o sol ou a eternidade, simbolizando a conexão entre o mundo físico e o espiritual. Para os povos celtas, o círculo também era um símbolo de totalidade e continuidade, refletindo o ciclo da vida, da morte e do renascimento. Além disso, também era usada como um amuleto de proteção, canalizando energias positivas e afastando o mal.

Com a chegada do cristianismo, missionários como São Patrício incorporaram a cruz celta como forma de adaptar os símbolos pagãos à nova fé. Nesse contexto, o círculo passou a ser interpretado como a eternidade de Deus e a interligação entre Cristo e o universo.

Cruz de Santa Brígida

A Cruz de Santa Brígida, também conhecida como Cruz de Brigid, é um símbolo celta associado à deusa Brígida, posteriormente cristianizada como Santa Brígida da Irlanda. Essa cruz tem formato distinto, geralmente trançada em palha ou junco, com quatro braços que se encontram em um centro quadrado.

Na tradição celta, ela representa proteção, fertilidade e a ligação com a natureza. Era frequentemente pendurada em casas para afastar o mal e atrair bênçãos, especialmente durante Imbolc, o festival celta que celebra a renovação e a chegada da primavera.

Com o cristianismo, a Cruz de Santa Brígida tornou-se um símbolo de fé e proteção divina, preservando seu significado de esperança e prosperidade nas tradições irlandesas.

Triskel

O Triskel é um antigo símbolo celta formado por três espirais interligadas que giram em torno de um ponto central, representando movimento, continuidade e equilíbrio. Associado ao ciclo da vida, ele simboliza as fases de nascimento, vida e morte, além da eterna conexão com o renascimento. Para os celtas, o número três era sagrado e refletia importantes tríades, como terra, céu e mar; corpo, mente e espírito; e passado, presente e futuro. O design em espiral transmite a ideia de progresso constante e crescimento, enquanto reforça a harmonia com os elementos da natureza e o equilíbrio entre forças opostas e complementares. Utilizado como talismã de proteção e energia, o Triskel era encontrado em pedras, joias e artefatos celtas, permanecendo até hoje como um símbolo de profundidade espiritual e estética única.

Nó Celta

O Nó Celta, também conhecido como Celtic Knot, é um símbolo tradicional da cultura celta caracterizado por padrões entrelaçados sem início ou fim, representando a eternidade e a conexão infinita entre todos os aspectos da vida. Esses nós simbolizam ciclos contínuos, como o ciclo da vida, morte e renascimento, além de relações interpessoais, como amor e amizade. Frequentemente encontrado em artefatos celtas, manuscritos e joias, o Nó Celta também reflete equilíbrio, harmonia e a interligação entre o mundo físico e espiritual, sendo amplamente valorizado como um símbolo de proteção e unidade.

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